1)
Revisão: Faça uma boa revisão no texto, ou peça para alguém, que
domine o português, fazê-la. Preste atenção nos números:
telefones, por exemplo. É muito fácil errar números. Cuide para
que haja uma unificação nos detalhes. Por exemplo: às vezes
escrevemos
um número de telefone desta forma: 3333-4455 (com hífen), e em
outro local do texto, assim: 3333.4455 (com ponto). As datas também.
Algumas vezes escrevemos com ponto (03.04.2018) e em outras com barra
(03/04/2018). Então, é importante que se
faça uma única opção em
todo o texto, para haver uma unidade. Não confie totalmente no
corretor ortográfico do seu programa de computador!
2)
Hifenização: Ainda no campo da revisão, é importante verificar a
separação de sílabas ao final das frases. Nem sempre o programa
editor de texto consegue hifenizar na posição correta. Então, é
bom revisar todo o texto para ver se tudo está correto e se não
aparecem separações muito estranhas!
3)
Linhas “viúvas”: Aquela linha que fica sozinha, isolada do resto
do parágrafo, ou no pé da página ou no início da página
seguinte. Há profissionais que aceitam como normal a linha que fica
no pé da página. Mas a que inicia uma nova página deve ser evitada
sempre. A mesma coisa com os títulos. Nunca permita que um título
fique sozinho numa página, separado do parágrafo seguinte. O título
faz parte do texto que o segue, nunca ao texto anterior a ele.
4)
Nomes próprios: Tenha uma atenção especial com relação aos nomes
das pessoas. Ninguém gosta de ler o seu nome de forma incorreta.
Faça uma boa pesquisa antes ou, se precisar, ligue para a pessoa
para confirmar a grafia. Nomes de locais também. Se não tiver
certeza de como se escreve, pesquise em uma fonte confiável.
5)
O tipo de letra: Lembre-se que o importante do texto é ser legível.
Pensando assim, esqueça aquela fonte rebuscada que parece ser muito
bonita mas não oferece nenhuma clareza de informação. Os
especialistas afirmam que um texto bom de se ler, menos cansativo, é
aquele composto
por
uma fonte serifada (serifa são aquelas hastes que aparecem no final
do desenho de cada letra, como por exemplo, na Times New Roman –
veja, por exemplo, a letra T e perceba aqueles tracinhos que pendem
de cada extremidade do traço horizontal). Uma fonte como a Arial,
por exemplo, não tem serifa. Ela seria mais indicada para títulos.
Nesta hora de escolher o tipo de letra, pense nesta frase: “É para
ler, ou é para ver?”.
6)
O tamanho das letras: Tenha em mente qual será o público-alvo que
irá ler o seu material impresso. Segundo o IBGE, mais de 35 milhões
de pessoas (19%) da população sofre algum problema de visão. Por
isso não use letras muito pequenas. Use o tamanho 12 no mínimo. Se
o texto for direcionado para pessoas mais idosas, use no mínimo a
fonte 14.
7) Espaço em branco: Nunca pense que espaço em branco é espaço
desperdiçado, perdido. O espaço em branco também faz parte do
layout da página. Ele às vezes ajuda a destacar alguma informação
muito importante no texto. Texto muito apertado, página muito cheia
de informações, podem gerar uma certa confusão no leitor. Imagine
uma página em branco, de sua publicação, com uma frase bíblica no
centro, com letras não muito grandes (texto normal). Por exemplo:
“Eu vim para que todos tenham vida, e vida em abundância” (Jo
10,10). Sinta como este recurso visual dá um interessante destaque
para a força e o significado desta frase! Um bom exemplo da
funcionalidade do espaço em branco é a página inicial do site de
busca do Google. Toda em branco, simplesmente com a logomarca da
empresa e a caixinha para digitar a palavra da pesquisa… Mais nada.
E é extremamente funcional, pois é apenas isso que se quer quando
entramos na página de busca.
8) Margens estreitas: Procure evitar margens muito estreitas. Às
vezes, por economia, diminuímos bastante as margens, até a medida
limite. Por exemplo, cinco milímetros! Além de deixar suas páginas
esteticamente feias, não é nada prático quando seguramos o
material (livreto, livro…) com as mãos, acabando por tapar o texto
com nossos polegares!
9) Mande o arquivo em PDF para a gráfica: Quando enviamos um arquivo
do Word para um outro computador, às vezes podem ocorrer diversos
problemas, como a falta de uma fonte, a perda da formatação, uma
linha que pulou para a outra página etc. Assim, quando for enviar
para a gráfica um arquivo de um material já diagramado, prefira o
formato PDF, com a opção de incluir as fontes no arquivo! A não
ser que o trabalho de diagramação seja feito pelo pessoal da
gráfica. Aí sim, você precisará enviá-lo em Word, cuidando para
enviar as imagens, fotos… em arquivos separados!
10) Imagens: Falar em imagens, figuras, fotos… em publicações é
um assunto bastante polêmico. Isto por causa dos direitos autorais.
Hoje em dia há uma tendência muito grande de usarmos imagens
tiradas da internet. Basta uma busca rápida no Google e pronto! Já
temos a nossa bonita imagem. Tenha em mente que todas estas imagens
podem ter o direito de uso reservado a alguma pessoa ou empresa. A
não ser que sejam imagens de domínio público, como aquelas tiradas
de livros antigos, de pinturas famosas etc. Outra coisa referente às
imagens é a qualidade delas. O padrão para impressão gráfica é
que as imagens tenham uma resolução de 300 dpi (pontos por
polegada). A maioria das imagens baixadas da internet tem uma
resolução de 72 dpi, que é a qualidade usada para visualização
apenas na tela. Assim, quando você for pesquisar alguma imagem no
Google, prefira a opção de escolher apenas as imagens grandes. Na
página onde você está buscando a imagem, no Google, vá em
“Ferramentas – Tamanho – Grande”.
11)
Uso do escâner para digitalizar imagens: Da mesma forma como falamos
acima, ao usar um escâner para digitalizar uma imagem, prefira
sempre a resolução de 300 dpi (todo escâner oferece a opção de
configurar a resolução da imagem).
12) Livreto com muitas páginas: Se a sua publicação tiver muitas
páginas, por exemplo, acima de 80, não fica muito bom usar-se
grampo na encadernação. Deve-se usar uma outra forma, como por
exemplo, a costura ou colagem. Apesar de ser um pouco mais caro, o
acabamento com costura é bem superior e evita que as páginas se
descolem do livro, principalmente se o abrirmos num ângulo muito
grande (mais de 180 graus). Lembre-se que se o livreto for muito
grosso, ele precisará ter uma lombada (aquela parte do livro que
fica visível quando ele está numa estante). Desta forma, a lombada
deve ser prevista na hora de criar a capa, pois as informações como
autor e título geralmente aparecem neste local da capa. Isto é
importante pois estas inscrições (nome do autor, por exemplo)
geralmente determinam a posição (ou ordem) de um livro na estante.
13) Tamanho do papel: Um dos primeiros passos na publicação é
definir o tamanho do papel de nosso livro ou livreto. Saiba que
dependendo do tamanho do papel escolhido, o impresso poderá ficar
mais ou menos caro. Como as gráficas trabalham com folhas enormes de
papel (elas imprimem várias páginas nesta folha e depois cortam,
formando os cadernos do livro), elas sempre preferem um bom
aproveitamento do mesmo, evitando o desperdício das sobras. Então,
o conselho, é que se converse antes com o pessoal da gráfica,
perguntando qual o tamanho ideal para o seu material. Por exemplo:
tamanho A5, tamanho A4, 14 cm x 21 cm (este tamanho aproveita bem o tamanho do papel).
14)
Na hora do orçamento: Ao se fazer um orçamento com a gráfica é
muito importante uma boa comunicação entre esta e o cliente. Isto
para evitar aborrecimentos no futuro. As principais informações que
a gráfica precisa são: a) Tamanho do livro fechado (largura x
altura, em centímetros); b) Quantidade de páginas; c) Tipo de papel
a ser usado no miolo e na capa. Por exemplo: papel sulfite (ou offset, como se fala na linguagem gráfica), 75
gramas; papel pólen (aquele amarelinho) 120 gramas; papel reciclato
(aquele que imita um papel reciclado), 90 gramas; papel cartão 120
gramas; papel supremo 250 gramas; papel triplex 280 gramas; papel glossy 240 gramas (estes três últimos muito utilizados para capas de livros); papel couché, etc…; d) Detalhes sobre a capa: cores, se
terá orelhas, se o papel
será fosco ou brilhante, se terá algum efeito especial, como
aplicação de verniz, texto em relevo,
etc.; e) Cores do miolo (se somente preto = uma cor, ou mais cores…);
f) Se terá ilustrações, fotos… e se serão coloridas
ou em preto e branco…; g) Número
de exemplares a ser impresso; h) tipo de acabamento: se vai ser costurado, colado, grampeado...; i)
Prazo e local para entrega; j) Forma de pagamento.
15) Numeração das páginas: Nunca esquecer de numerar as páginas.
O número deve ficar sempre nas margens externas, para ficar bem
visível e facilitar a sua localização. É aceitável centralizar o
número na página, mas nunca colocar nas margens internas da
publicação.
16) Papel branco ou amarelo-claro: O papel branco ofusca o olho,
causando um desconforto na leitura, principalmente aquela que se faz
à noite, com luz artificial. Além disso, aumenta o contraste entre
o texto e o fundo claro, favorecendo o cansaço e a irritabilidade
visual do leitor.
17) Use o programa adequado: Para cada tarefa que se quer fazer com o
computador existe um programa adequado. Por exemplo: não
escreveremos um longo texto usando o Excel. Claro que o texto será
feito num editor específico, criado para este fim: o Word ou o
LibreOffice. Já uma planilha de cálculos, esta sim, será feita no
Excel… Desta forma, na área do Design Gráfico, qualquer
publicação precisa ser feita num programa próprio para esta
finalidade. Um padrão internacional determina que os melhores
programas para editoração gráfica são, hoje, o Adobe InDesign
(para diagramação de livros, revistas…), o Adobe Illustrator
(para desenhos e gráficos), e o Adobe Photoshop (para manipulação
de imagens e pintura digital). O CorelDraw (ilustrações vetoriais)
também é bastante utilizado. Quando enviamos um texto do Word,
mesmo que formatado, para a gráfica, as equipes de trabalho terão
de refazer o serviço usando o programa adequado. É que as gráficas
precisam de detalhes como, por exemplo, as marcas de corte (marcas
que ficam nos cantos da página, indicando onde o papel deve ser
cortado por equipamentos como a guilhotina). O Word não oferece este
recurso, pois ele é apenas um editor de texto.
18) Pense em contratar um profissional da área: Principalmente se a
publicação a ser impressa tem uma certa importância, avalie a
possibilidade de passar o seu material para um profissional da área
(Designer Gráfico). Os materiais mais comuns, aqueles que serão
distribuídos para comunicar algum evento, dar alguns “avisos
paroquiais”, talvez não precise da assistência de um profissional
mais qualificado. Mas um livro contando a história da paróquia, ou
de alguma personalidade famosa, ou ainda, uma agenda ou cronograma,
que ficará o ano todo nas mãos das equipes de trabalho, ou um
cartaz de uma Festa muito tradicional e famosa, estes sim, merecem
uma atenção mais especial. A vantagem de ter o seu material gráfico
produzido por um especialista é que este usará os seus
conhecimentos e experiência para produzir um material melhor, mais
bonito e mais eficiente. Um bom profissional deve ter um
conhecimento, pelo menos básico, em: Comunicação com o Cliente
(Briefing); História da Arte; História do Design Gráfico; Métodos
de composição (Lei dos Terços, Seção Áurea); Teoria das Cores;
Princípios e Elementos do Design Gráfico; Semiótica; Desenho
Técnico e Artístico; Domínio de Programas Específicos (InDesign,
Illustrator, Photoshop, CorelDraw…); Fechamento de Arquivos para
Impressão Gráfica; entre outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.